Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem na Av. Paulista presencialmente e também online por vídeo chamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
De onde vem o medo? É bem provável que, em vários momentos da sua vida, você tenha sentido medo.
De forma mais fraca, ou mais grave, esse é um sentimento que faz parte da experiência humana e, também, importante para te manter seguro.
Mas, você sabe de onde vem o medo? Continue lendo para entender mais sobre o que acontece.
O que é o medo?
O medo é uma emoção básica que surge em resposta a uma ameaça, seja ela real ou percebida.
Ele provoca uma série de reações físicas e psicológicas, como aumento dos batimentos cardíacos, tensão muscular e estado de alerta.
Ou seja, o medo é essencial para a sobrevivência, pois ajuda a evitar perigos, preparando o corpo para enfrentar ou fugir de situações ameaçadoras.
Porém, embora seja uma resposta natural e saudável em situações de risco, o medo pode se tornar desproporcional ou irracional, como no caso de fobias, quando interfere na qualidade de vida da pessoa.
O que causa o medo?
Existem muitos fatores que podem afetar sua percepção e gerar a sensação de medo — e geralmente isso também está relacionado a ativação de gatilhos.
Os principais deles são:
Experiências passadas e o medo
Traumas ou eventos negativos vividos no passado podem deixar marcas profundas na psicologia de uma pessoa.
Quando alguém passa por uma experiência traumática, como um acidente ou um evento violento, o cérebro cria uma associação entre o evento e o medo.
Essa associação pode ativar a resposta de medo em situações semelhantes ou mesmo em situações que lembrem o trauma.
O cérebro usa essas memórias para proteger a pessoa de potenciais perigos futuros, mesmo que a ameaça não seja real ou iminente.
Condicionamento social
A família é muito importante no desenvolvimento humano, e isso significa que o medo também pode ser adquirido através do condicionamento social, onde a pessoa aprende a temer certas situações observando outras pessoas.
Por exemplo, se uma criança vê seus pais ou outras figuras de autoridade reagindo com medo a um objeto ou situação específica, ela pode internalizar essas reações e desenvolver medos semelhantes.
Traumas
Experiências dolorosas ou estressantes têm o potencial de criar associações duradouras com certos estímulos ou situações.
Por exemplo, uma pessoa que sofreu um ataque de cão pode desenvolver um medo generalizado de cães ou de qualquer situação que envolva animais.
Essas associações são frequentemente profundas e podem persistir por longos períodos, influenciando a forma como a pessoa percebe e reage a situações semelhantes no futuro.
O medo também pode vir de traumas relacionados a conflitos ou relações abusivas.
Incerteza e falta de controle
A falta de controle sobre eventos futuros ou sobre situações específicas pode gerar uma sensação de insegurança, levando ao medo.
Quando as pessoas enfrentam a incerteza ou se deparam com situações que não podem prever ou controlar, elas tendem a experimentar medo como uma forma de preparar o corpo e a mente para possíveis ameaças.
Portanto, esse medo de perder o controle ou de enfrentar o desconhecido é uma resposta natural à tentativa de garantir segurança e previsibilidade.
Aprendizado social e cultural
Fatores culturais e sociais também desempenham um papel importante na formação do medo e no que te causa pânico.
Por exemplo, em algumas culturas, certos animais ou práticas podem ser considerados particularmente ameaçadores, e esse medo é transmitido socialmente através de tradições, histórias e educação.
O mecanismo de luta ou fuga em relação ao medo
Os mecanismos de defesa desempenham um papel crucial na sobrevivência, ajudando o indivíduo a reagir rapidamente a perigos.
Eles agem da seguinte forma:
1. Detecção de Perigo
Quando uma pessoa percebe uma ameaça, a amígdala, uma parte do cérebro responsável pela resposta emocional, detecta o perigo e envia sinais ao hipotálamo.
Assim sendo, o hipotálamo, por sua vez, ativa o sistema nervoso autônomo, que prepara o corpo para uma resposta de luta ou fuga.
2. Resposta Física Imediata
Quando o sistema nervoso simpático é ativado, ocorrem diversas mudanças físicas no corpo:
- Aumento da Frequência Cardíaca: O coração bate mais rápido para bombear mais sangue para os músculos e órgãos vitais.
- Respiração Acelerada: A respiração se torna mais rápida e superficial para fornecer mais oxigênio ao sangue.
- Liberação de Adrenalina: As glândulas adrenais liberam adrenalina e cortisol, hormônios que aumentam a energia e a capacidade de resposta.
- Contração Muscular: Os músculos ficam tensos e preparados para ação, aumentando a força e a velocidade.
3. Alterações no Corpo
Além das mudanças descritas, outras reações que o psicológico causa no seu corpo incluem:
- Dilatação das Pupilas: As pupilas se dilatam para melhorar a visão.
- Aumento da Suor: O corpo começa a suar para ajudar a regular a temperatura durante o esforço físico.
4. Reação de Luta ou Fuga
Com o corpo preparado para agir, a pessoa pode optar por lutar contra o perigo ou fugir dele.
A escolha entre lutar ou fugir depende da avaliação da situação e das capacidades percebidas.
5. Recuperação e Retorno ao Estado Normal
Quando a ameça é afastada, o sistema nervoso parassimpático ativa o retorno ao estado de repouso.
O corpo começa a reduzir a frequência cardíaca, a respiração se normaliza e os níveis de hormônios estressantes diminuem.
A pessoa pode sentir uma sensação de cansaço ou fadiga após a resposta de luta ou fuga, devido ao gasto de energia.
Esses mecanismos são essenciais para enfrentar situações perigosas, mas em casos de medo constante ou desproporcional, como em transtornos de ansiedade, a resposta de luta ou fuga pode ser desencadeada de forma inadequada, afetando negativamente a qualidade de vida.
O que fazer para superar o medo?
Para superar o medo, é essencial enfrentar a situação que o provoca de maneira gradual e controlada, muitas vezes através de técnicas de exposição que permitem a dessensibilização.
Trabalhar com um profissional de saúde mental, como um psicólogo, pode proporcionar estratégias adicionais, como a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a reestruturar pensamentos negativos e desenvolver habilidades de enfrentamento.
Portanto, cultivar uma mentalidade positiva e buscar suporte social também são fundamentais para criar um ambiente de apoio e encorajamento, facilitando o processo de superação.
Entre em contato com um psicólogo agora mesmo para aprender a lidar com o seu medo!
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: Atua como psicóloga clínica há mais de 15 anos, está cursando mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atua também com Psicanálise