Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem na Av. Paulista presencialmente e também online por vídeo chamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
Distimia, atualmente conhecida como transtorno depressivo persistente (TDP), é um tipo de depressão crônica.
Receber um diagnóstico desses pode acabar gerando um pouco de confusão, por conta da sua similaridade com os distúrbios depressivos mais convencionais.
Porém, existe uam diferença e isso é importante para definir o tipo de tratamento que será realizado no paciente.
Continue lendo para saber mais.
Quais os sintomas da distimia?
A distimia, ou transtorno depressivo persistente, caracteriza-se por sintomas depressivos que são menos severos do que aqueles observados na depressão, mas que são mais persistentes, durando pelo menos dois anos.
Lembrando que esses sintomas podem variar em intensidade e podem não ser todos presentes em uma única pessoa, mas, de qualquer forma, as crises emocionais vão afetar o corpo.
Eles incluem:
Humor Depressivo Prolongado
Sentimentos de tristeza ou desesperança que persistem na maior parte do dia, na maioria dos dias, por pelo menos dois anos em adultos (um ano em crianças e adolescentes).
Baixa Autoestima
Sentimentos constantes de inutilidade, culpa excessiva ou baixa autoestima.
Fadiga ou Falta de Energia
Sensação de cansaço constante ou falta de energia, mesmo após descanso adequado.
Alterações no Apetite
Perda de apetite ou comer em excesso, resultando em perda ou ganho de peso significativo.
Problemas de Sono
Insônia ou hipersonia (dormir demais) de forma persistente.
Dificuldade de Concentração
Problemas para concentrar-se, tomar decisões ou lembrar de detalhes.
Sentimentos de Desesperança
Sensação de que as coisas nunca vão melhorar ou que não há esperança para o futuro.
Isolamento Social
Tendência a se afastar de atividades sociais e evitar interações com outras pessoas.
Irritabilidade
Irritabilidade ou frustração, mesmo com questões menores.
Desinteresse em Atividades
Perda de interesse ou prazer em atividades que anteriormente eram prazerosas.
Qual a diferença entre distimia e depressão?
Embora a distimia (transtorno depressivo persistente) e a depressão compartilhem muitos sintomas, elas diferem em vários aspectos importantes, incluindo duração, gravidade e impacto no funcionamento diário.
Aqui estão as principais diferenças entre esses dois transtornos:
Duração dos Sintomas
- Distimia: Caracteriza-se por sintomas depressivos crônicos que duram pelo menos dois anos em adultos (ou um ano em crianças e adolescentes). Eles podem ser menos intensos, mas são persistentes e duradouros.
- Depressão: Episódios de depressão são mais intensos, mas duram por um período mais curto, geralmente pelo menos duas semanas. Esses episódios podem ocorrer uma vez na vida ou várias vezes, intercalados com períodos de humor normal.
Gravidade dos Sintomas
- Distimia: Os sintomas são geralmente menos severos do que na depressão, mas a natureza crônica do transtorno pode causar sofrimento significativo e impacto funcional ao longo do tempo.
- Depressão: Os sintomas são mais debilitantes, podendo incluir profunda tristeza, perda de interesse ou prazer nas atividades diárias, mudanças significativas no apetite e sono, fadiga extrema, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, dificuldade de concentração e pensamentos suicidas.
Impacto no Funcionamento Diário
- Distimia: Embora os sintomas possam ser menos intensos, a persistência da distimia pode levar a um impacto cumulativo no funcionamento diário, afetando relacionamentos, desempenho no trabalho ou na escola e qualidade de vida geral.
- Depressão: Os episódios de depressão podem ser tão graves que interferem significativamente na capacidade de uma pessoa realizar suas atividades diárias, muitas vezes resultando em incapacidade temporária.
Reconhecimento e Diagnóstico
- Distimia: Devido à sua natureza crônica e menos intensa, a distimia pode ser subdiagnosticada ou confundida com personalidade melancólica ou falta de motivação. Pessoas com distimia podem não perceber que estão deprimidas porque os sintomas são parte constante de sua vida.
- Depressão: Geralmente é mais fácil de reconhecer e identificar a depressão devido à gravidade dos sintomas. Os episódios intensos muitas vezes levam as pessoas a procurar ajuda médica ou psicológica.
Quais são as casas da distimia?
A distimia (transtorno depressivo persistente) pode ser causada por uma combinação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos e ambientais.
A seguir, detalhamos cada uma dessas possíveis causas:
Genética
Histórico familiar de depressão ou outros transtornos de humor pode aumentar a probabilidade de desenvolver distimia.
Estudos sugerem que a genética pode influenciar a vulnerabilidade de uma pessoa a desenvolver transtornos depressivos, indicando uma predisposição hereditária.
Bioquímica do Cérebro
Desequilíbrios nos neurotransmissores, como serotonina, norepinefrina e dopamina, estão associados à depressão.
Essas substâncias químicas são responsáveis pela comunicação entre as células nervosas e influenciam o humor e o comportamento.
Um desequilíbrio pode levar a sintomas depressivos persistentes.
Traumas e Estresse
Experiências traumáticas, como abuso físico, emocional ou sexual, e eventos estressantes significativos, como a perda de um ente querido, divórcio ou desemprego, podem desencadear ou agravar a distimia.
O estresse crônico também pode contribuir para a persistência dos sintomas depressivos.
Personalidade
Certas características de personalidade, como pessimismo, baixa autoestima, perfeccionismo ou dependência emocional, podem aumentar a vulnerabilidade à distimia.
Pessoas com essas características podem ter mais dificuldade em lidar com os desafios da vida, levando a um estado depressivo persistente.
Ambiente
Fatores ambientais, como um ambiente familiar disfuncional, abuso ou negligência durante a infância, podem contribuir para o desenvolvimento da distimia.
Situações de vida estressantes, como problemas financeiros, isolamento social ou conflitos familiares, também podem desempenhar um papel significativo.
Doenças Crônicas
Condições médicas crônicas, como doenças cardíacas, diabetes, esclerose múltipla ou câncer, podem estar associadas a um risco aumentado de desenvolver distimia.
Assim sendo, a convivência com doenças crônicas pode levar a sentimentos de desesperança e impotência, contribuindo para a persistência dos sintomas depressivos.
Tratamentos para distimia
O tratamento da distimia (transtorno depressivo persistente) geralmente envolve uma combinação de abordagens psicoterapêuticas e farmacológicas, adaptadas às necessidades específicas de cada indivíduo.
Aqui estão os principais métodos de tratamento:
Psicoterapia
A psicoterapia, ou terapia conversacional, é uma componente fundamental no tratamento da distimia.
Existem vários tipos de psicoterapia eficazes, entre elas a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que Foca em identificar e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos disfuncionais que contribuem para os sintomas depressivos.
Medicação
Os antidepressivos são frequentemente usados para tratar a distimia, pois ajudam a melhorar os níveis de serotonina no cérebro.
Porém, para obter esse tipo de tratamento, é preciso receber encaminhamento psiquiátrico.
Mudanças no Estilo de Vida
Mudanças no estilo de vida podem complementar a psicoterapia e a medicação, ajudando a melhorar o bem-estar geral:
- Exercício Regular: A atividade física regular pode melhorar o humor e reduzir os sintomas de depressão.
- Alimentação Saudável: Uma dieta equilibrada pode influenciar positivamente a saúde mental.
- Sono Adequado: Manter uma rotina de sono regular e saudável é crucial para a saúde mental.
- Redução do Estresse: Técnicas de gerenciamento de estresse, como meditação, yoga e técnicas de respiração, podem ajudar a aliviar os sintomas.
Apoio Social
Ter uma rede de apoio social forte é importante no tratamento da distimia. Amigos e familiares podem fornecer suporte emocional e encorajar a busca de tratamento.
Se você sente que precisa de ajuda e de um diagnóstico de distimia, fale com um dos especialistas da plataforma Psicólogos Paulista!
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: Atua como psicóloga clínica há mais de 15 anos, está cursando mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atua também com Psicanálise