Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem na Av. Paulista presencialmente e também online por vídeo chamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
Não é nada fácil saber como lidar com uma traição. Enquanto para muitos casais a infidelidade é o mesmo que um atestado do fim do relacionamento, outros permanecem juntos por muitos anos após um pedido sincero de perdão. Até chegar à uma decisão adequada para ambos, contudo, leva tempo.
De acordo com psicólogos, a maioria das pessoas inicia um relacionamento com expectativas. Elas visualizam o caminho pelo qual aquela relação pode percorrer e trabalham para isso acontecer. Imaginam-se morando junto, casando e tendo filhos com a pessoa amada. A infidelidade destrói os seus planos e sonhos, às vezes de maneira permanente, deixando as pessoas traídas sem chão.
A frustração, a raiva e a mágoa costumam tomar conta dos cônjuges traídos assim que a notícia é recebida. Em alguns casos, a indignação os cega e gera brigas, expulsão do lar, crise de choro, agressões físicas e decisões drásticas.
O que fazer após uma traição?
Não é fácil se curar de uma traição. A perda da confiança, a quebra das expectativas, a decepção e a mágoa corroem os cônjuges por semanas a fio. Como aceitar que alguém tão importante foi capaz de machucá-los dessa maneira?
Embora a avalanche de emoções resultante da descoberta da traição seja intensa, não é aconselhado fazer escolhas importantes enquanto a notícia ainda está sendo digerida.
Após o período de choque e devastação emocional, as pessoas voltam a pensar com clareza e conseguem reunir os seus pensamentos sobre o ocorrido de maneira ordenada. Assim, readquirem a capacidade de tomar decisões lógicas sobre o futuro do relacionamento.
A traição gera um misto de emoções, as quais variam de acordo com a personalidade, as crenças pessoais, as circunstâncias de vida, os sentimentos pelo parceiro e a dinâmica do relacionamento de cada um.
É impossível colocar todos os casos de infidelidade na mesma caixinha e fazer críticas às decisões de quem foi traído. Cada um faz o que considera ser apropriado para a sua felicidade, mesmo que não seja o correto na visão de terceiros.
Pensando nisso, reunimos abaixo dicas para ajudá-lo a chegar a uma decisão apropriada tanto para você quanto para o futuro do seu relacionamento.
1. Não tente pagar na mesma moeda
A vontade de pagar na mesma moeda pode ser forte, mas não caia na tentação. A mágoa pode levá-lo a considerar essa ideia para que o seu cônjuge passe pelo mesmo que você passou, além de ajudá-lo a descarregar a sua raiva.
Ser vingativo, no entanto, não resolverá nada. Pelo contrário, criará mais problemas para você! A vingança o deixará preso nessa situação e nesses sentimentos desagradáveis, impedindo que você siga em frente. O seu cônjuge também pode achar que você é hipócrita por ter se irritado com ele e depois feito a mesma coisa.
Além disso, a vingança vai conceder apenas um breve momento de satisfação. Os sentimentos ruins logo voltarão para deixá-lo angustiado, e você ainda terá que lidar com as críticas do cônjuge.
2. Não ceda à autopiedade
Você não mereceu ser traído por seu parceiro e sofrer as consequências da traição, como a desagradável montanha-russa de emoções.
Porém, não ter culpa disso não significa que você deve se afundar em autopiedade. Se colocar no lugar de vítima vai aumentar o seu sentimento de impotência e desesperança, além de prolongar as emoções ruins desnecessariamente.
Pensamentos como ‘eu não fiz o suficiente’, ‘eu não fui bom o bastante, então ele/ela procurou em outro lugar’, ‘eu mereci ser traído’ ou ‘eu nunca vou achar alguém que me respeite’ são venenos para a autoestima. Você achará cada vez mais difícil retomar a sua vida e seguir em frente ao alimentá-los.
3. Não deixe outra pessoa tomar uma decisão por você
A sua família e os seus amigos vão querer ajudá-lo a tomar uma decisão, compartilhando as suas visões sobre o seu parceiro e a traição. Alguns vão dizer para você deixá-lo enquanto outros vão incentivá-lo a dar uma segunda chance a ele.
Mas, a decisão final deve ser sua. Você é a única pessoa capaz de decidir se vale a pena salvar o relacionamento ou não. Para chegar à uma conclusão, reflita sobre o que você sente sobre o seu cônjuge e como seria o futuro da relação se você o perdoasse ou não.
Todos nós temos opiniões formadas a partir das nossas experiências de vida, crenças e personalidades. Ou seja, nem sempre as soluções encontradas por nós vão funcionar para outras pessoas.
É como dito antes: há pessoas que condenam a traição enquanto outras acreditam que é possível perdoar a infidelidade. As opiniões delas certamente serão influenciadas por suas visões particulares de mundo. Será que elas fazem sentido para você?
4. Não aja no calor do momento
Agir no calor do momento em qualquer situação costuma trazer resultados desastrosos. Você toma decisões impulsivas, diz coisas que não deveria e toma atitudes das quais se arrepende depois. Algumas ações podem até mesmo causar desdobramentos permanentes.
Procure tomar decisões e conversar com o seu parceiro quando já estiver calmo. Você pode esperar algumas horas ou alguns dias para que as suas emoções percam um pouco da intensidade. É provável que pensar no ocorrido ainda vá despertar dor, raiva ou tristeza, mas, com o tempo, será mais fácil manter essas emoções sob controle.
Aliás, é importante questionar o cônjuge para compreender os sentimentos dele. Nem sempre a traição é feita de má fé, visando prejudicar o outro. Pessoas inseguras ou carentes, por exemplo, se deixam levar pela atenção concedida por outra pessoa e agem sem pensar. Procure entender os motivos do seu parceiro para ter uma base sólida para tomar decisões depois.
Ser racional nesta situação é ainda mais importante quando filhos estão envolvidos. Pais precisam considerar o impacto de uma possível separação na vida deles, bem como questões relacionadas à guarda e pensão.
O emocional dos filhos é outra questão que preocupa os casais. Embora os filhos não tenham ciência da situação, eles ainda são capazes de captar coisas no ambiente, como emoções e indiretas. Então, procure manter esse impasse somente entre você e o seu cônjuge, sem envolver crianças ou adolescentes.
5. Reflita sobre o que você quer para o relacionamento
Você certamente imaginou como gostaria que o seu relacionamento fosse com o seu cônjuge atual. Depois da traição, como você visualiza o seu relacionamento? Você consegue ter expectativas boas sobre ele?
Não adianta perdoar o parceiro, reatar o relacionamento e passar o resto da vida punindo-o pelo que fez ou lembrando-o do ocorrido, não é mesmo? Esse comportamento demonstra que você não o perdoou de fato e ainda está magoado. Em outras palavras, é uma maneira de se tornar prisioneiro dessa situação desagradável.
Compreenda que o seu relacionamento provavelmente não voltará a ser o mesmo. Será necessário construir um novo laço com o seu cônjuge a partir das experiências pós-traição, como se vocês estivessem nos primeiros dias da relação outra vez.
Do mesmo modo, ao identificar o que causou a traição, mudanças deverão ser feitas para fortalecer o relacionamento. Por exemplo, se o seu parceiro se sentia negligenciado, é ideal tentar mudar a forma como você age para satisfazer as necessidades emocionais dele.
É realmente isso que você quer? Você ficará feliz ao dar uma segunda chance para o seu parceiro, dando início à um novo capítulo na vida de vocês?
6. Reflita sobre o que você quer para você
Depois de pensar no contexto do seu relacionamento, volte a sua atenção para si mesmo. Você pode tentar ignorar a infidelidade para amenizar a dor ou tentar fazer com que o relacionamento retorne ao estado em que estava antes, sem pensar em seus sentimentos.
Mas, essas atitudes podem fortalecer o seu ressentimento pelo cônjuge. Encare o problema para que você consiga lidar com ele da melhor maneira e deixá-lo no passado.
Terminar o relacionamento ou permanecer com o cônjuge após a traição não é nada vergonhoso. Lembre-se: somente você sabe o que é bom para a sua felicidade. As pessoas sempre vão comentar, independentemente das suas escolhas, então não se apegue às cobranças ou comentários desagradáveis de terceiros.
Reflita sobre o que você almeja com base nas explicações do parceiro, nos seus sentimentos e nas suas reflexões. Você conseguirá reconstruir a confiança nele? Você o ama o suficiente para perdoá-lo e não alimentar mágoas?
Você pode buscar um psicólogo para ajudar a responder essas perguntas, ou até mesmo propor fazer terapia de casal ao cônjuge.
Psicólogos para Relacionamentos
Conheça os psicólogos que atendem casos de Relacionamentos no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais na região da Av. Paulista em São Paulo:
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Consultas por vídeoAtua como psicóloga clínica há mais de 15 anos, está cursando mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atua também com Psicanálise
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: Atua como psicóloga clínica há mais de 15 anos, está cursando mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atua também com Psicanálise
4 respostas em “O que fazer quando o parceiro trai?”
– como sempre, a abordagem no artigo foi corajosa e bem organizada, com conceitos, dicas e estratégias para analisar a situação – de modo geral, é dificil definir o que é uma traição, mas a pessoa traída sente, percebe e reage com muita intensidade – ela “sabe” que a traição está ocorrendo, ocorreu ou está para acontecer…
Oi você é tudo de bom obrigada 👍 parabéns
Olá! Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo.
Muito bom..a explicação