Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem na Av. Paulista presencialmente e também online por vídeo chamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
Transtornos alimentares são condições de saúde mental que afetam os hábitos alimentares e a autoimagem.
Assim, a percepção que o indivíduo tem de si mesmo passa a ser minada por pressões estéticas, pensamentos autodepreciativos e uma busca infindável pelo corpo perfeito.
Consequentemente, a autoestima e a autoaceitação também sofrem impactos negativos consideráveis.
Grande parte das pessoas não gosta de uma ou mais aspectos da sua aparência.
Gostariam de ser mais magras, mais altas, mais baixas, mais musculosas e assim por diante.
Então, buscam maneiras de obter a aparência idealizada, seja através de exercícios físicos, alimentação regrada, procedimentos estéticos, etc.
Até certo ponto, desgostar de aspectos da aparência é normal.
Os problemas começam a aparecer quando a preocupação com o corpo ideal começa a interferir no bem-estar emocional e funcionamento no dia a dia.
Quais são os transtornos alimentares?
Existem vários tipos de transtornos alimentares, embora os mais conhecidos e reincidentes sejam a anorexia e a bulimia.
A preocupação estética não é o principal sintoma de alguns deles, conforme visto abaixo:
- Anorexia: a anorexia é um transtorno alimentar caracterizado pelo controle rígido da alimentação. Para ‘enganar’ as pessoas próximas e mostrar que está se alimentando, ela desenvolve uma série de estratégias. A redução drástica de peso, no entanto, denuncia a ausência de alimentação adequada.
- Bulimia: a bulimia consiste na regurgitação de refeições e alimentos consumidos para evitar o aumento de peso. Assim, práticas como forçar vômito e usar laxantes são comuns, além da prática excessiva de atividades físicas.
- Compulsão alimentar: ao contrário da anorexia e bulimia, a compulsão alimentar é caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos. Então, a pessoa possui dificuldade para saber a hora de parar de comer e ingere alimentos em momentos de estresse e ansiedade para aquietar sentimentos negativos.
- Transtorno de ruminação: com maior reincidência em crianças, o transtorno de ruminação consiste na regurgitação repetida de alimentos. Assim, o alimento deglutido pode ser ingerido novamente ou descartado. Às vezes, acontece em concomitância com outros transtornos alimentares, como a anorexia nervosa.
- Transtorno alimentar restritivo/evitativo: a principal características deste transtorno é a evitação ou restrição de ingestão de certos alimentos. Assim como a condição anterior, é mais comum em crianças e, em alguns casos, em adolescentes.
- Síndrome do comer noturno: trata-se de episódios recorrentes de ingestão de alimentos durante à noite depois do consumo do jantar. Ou seja, a pessoa não se alimenta em decorrência da fome, mas, sim, por outros motivos. Esse hábito é somente considerado patológico quando causa sofrimento emocional significativo ou prejuízo no funcionamento do indivíduo, como insônia ou frustração por não conseguir mudar o hábito.
9 sinais de transtorno alimentar
Os transtornos alimentares exercem influência considerável na vida do indivíduo.
Veja, a seguir, os sinais mais comuns de que alguém possa estar sofrendo com os sintomas de uma dessas condições.
1. Ganho ou perda excessiva de peso
Um dos principais sinais de transtorno alimentar é o ganho ou a perda excessiva de peso em um curto período.
Sempre que isso acontece, é recomendado visitar um médico para investigar a influência de uma condição de saúde.
Muitas patologias físicas provocam rápida perda ou ganho de peso.
2. Vergonha dos comportamentos
A pessoa com transtorno alimentar sabe que os seus comportamentos não são considerados adequados ou saudáveis.
Assim, para não sofrer com a reprovação alheia e dar continuidade aos hábitos que trazem conforto emocional, ela faz de tudo para escondê-los.
Ao ser descoberta, sente vergonha, mas tenta argumentar que não está fazendo nada de errado e aqueles comportamentos são necessários.
3. Preocupação excessiva com a autoimagem
A preocupação com a autoimagem é uma das principais motivações da bulimia e anorexia.
Tanto o bulímico quanto o anoréxico almejam estar cada vez mais magros.
Assim, eles fazem comparações constantes com outras pessoas e se tornam escravos da balança, cuidando do peso a cada refeição.
Mesmo quando já estão perigosamente abaixo do peso, não conseguem enxergar a gravidade das suas ações.
4. Compartilhamento de dicas
Existe uma cultura de compartilhamento de dicas de emagrecimento entre bulímicos e anoréxicos, principalmente na internet.
Postagens em redes sociais através de perfis falsos ou anônimos expressam a angústia e frustração de quem não consegue obter a aparência ideal.
Essa prática é muito comum entre adolescentes, por exemplo.
5. Negação
A pessoa com transtorno alimentar nega a gravidade dos sintomas dessas condições.
Assim, mesmo após consultar um médico ou psicólogo, ela cria dezenas de argumentos para justificar os seus hábitos alimentares nocivos.
É como se ela ficasse ‘cega’ à realidade.
6. Isolamento
O isolamento social ocorre em virtude da necessidade de esconder os comportamentos vergonhosos.
As crenças autodepreciativas também provocam o afastamento de grupos de amigos, familiares e eventos sociais.
A pessoa se convence de que ninguém consegue entender os seus dilemas, então prefere manter uma postura solitária.
Então, o medo de ser confrontada com a verdade também provoca isolamento.
7. Autodepreciação
Com a aversão crescente à própria aparência, começam a surgir pensamentos autodepreciativos que, em pouco tempo, se transformam em crenças.
O indivíduo acredita firmemente que possui uma aparência horrorosa.
Assim, todo o esforço dedicado à perda de peso é necessário.
8. Alteração de humor
A falta de comida, o pessimismo excessivo e a autocrítica exacerbada culmina em alterações constantes de humor.
Assim, a pessoa vive picos de felicidade, tristeza, raiva, contentamento e frustração em uma única semana.
Quem convive com ela acaba se afastando por não entender as alterações constantes.
9. Evitar se alimentar na presença de outras pessoas
Para esconder os hábitos alimentares, a pessoa evita se alimentar na presença de outras.
Ela pode aceitar sair para jantar com amigos, mas evita comer ou come muito pouco na frente deles.
A esquiva vem da vergonha ou do desconforto em deixar os outros saberem o quanto ela come.
Como é feito o diagnóstico de transtornos alimentares?
O diagnóstico dos transtornos alimentares é feito pelo psicólogo ou médico psiquiatra.
São analisados os hábitos alimentares, as crenças pessoais e o impacto dos hábitos na saúde física do indivíduo.
No caso de crianças e adolescentes, as observações dos pais são fundamentais para chegar a uma conclusão.
Pacientes nessas faixas etárias possuem dificuldade para compreender o significado de seus comportamentos e relatar o que está os incomodando ao profissional.
A perda significativa e rápida de peso em crianças e adolescentes pode trazer graves consequências para a saúde.
Por essa razão, assim que os pais identificarem algo atípico nos hábitos alimentares e na maneira como os filhos se referem a si mesmos, já podem consultar um profissional.
O diagnóstico precoce favorece o tratamento e reduz os riscos à saúde como um todo.
Qual é o tratamento dos transtornos alimentares?
O tratamento para os transtornos alimentares é feito através da psicoterapia e, quando necessário, da psiquiatria.
Os medicamentos psiquiátricos ajudam a conter as alterações de humor, estabilizando o estado emocional do paciente.
Já o atendimento psicoterapêutico trata as crenças prejudiciais que agravam crenças e expectativas acerca da autoimagem e pressões estéticas.
Consultas a outros especialistas também podem ser necessárias conforme a necessidade do paciente.
Por exemplo, algumas pessoas apresentam deficiência de vitaminas, anemia ou problemas gastrointestinais.
Reconhecer os sinais de transtornos alimentares não costuma ser o problema.
Como a alteração dos hábitos alimentares reflete na aparência, pessoas queridas percebem que algo não está certo.
A parte mais desafiadora é convencer a pessoa com autoimagem deturpada a se perceber e procurar ajuda psicológica.
A negação é um dos principais sintomas dessas condições.
Mesmo sofrendo as consequências da perda ou ganho excessivo de peso, a pessoa não admite que a sua preocupação com a aparência ganhou proporções prejudiciais para a saúde.
Então, os familiares e outras pessoas próximas normalmente precisam insistir e ter um papel ativo ao longo do tratamento.
Por exemplo, verificar se a pessoa está se alimentando de acordo, se está indo às sessões de terapia e se está ganhando ou perdendo peso adequadamente.
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: Atua como psicóloga clínica há mais de 15 anos, está cursando mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atua também com Psicanálise
2 respostas em “Conheça 9 sinais de transtornos alimentares”
Tenho estado muito a tento aos artigos que me tem enviado, são super orientador e tem me ajudado tanto a entender vários fenómenos psicológico e sociológico.
Obrigado por tudo
Olá! Ficamos muito contentes em saber que você está gostando do conteúdo. Obrigada pelo seu feedback!